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23 de fev. de 2012

Fonoaudiologia pode ser tratamento de rinite e asma

Obstrução nasal, coriza transparente, diminuição do olfato e respiração pela boca. Estes são alguns sintomas da rinite alérgica, que normalmente é desencadeada por fatores como poeira, mofo, ácaro e cigarro.
A alergia atinge entre 10 e 25% da população mundial e é considerada um “problema global de saúde pública” pela Aria, sigla em inglês para Rinite Alérgica e seu Impacto sobre a Asma, iniciativa internacional que conta com o apoio da Organização Mundial de Saúde.
Tratar a rinite significa conter o crescimento dos casos de asma, doença inflamatória que atinge os pulmões e pode até matar.
“O índice de prevalência de rinite alérgica entre os asmáticos é de 80%”, afirma a fonoaudióloga Sílvia Andrade (foto), autora da dissertação de mestrado Impacto da Terapia Miofuncional Orofacial no controle clínico e funcional da asma e da rinite alérgica em crianças e adolescentes respiradores orais, defendida no Ipsemg, sob a orientação dos professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG, Lincoln Freire e Maria Jussara Fernandes Fontes.
Sílvia Andrade percebeu que sessões de fonoaudiologia aliadas à inalação nasal do dipropionato beclometasona (antiinflamatório usado no tratamento de asma e rinite, conhecido como Clenil) melhoram os sintomas de forma significativa, ao educar o paciente a respirar de forma correta.
O tratamento consiste em exercícios respiratórios e musculares destinados a “automatizar” as funções respiratórias. “O objetivo era estimular as crianças a respirarem pelo nariz”, diz a fonoaudióloga. A importância da respiração nasal, segundo Sílvia, é que ela “purifica” o ar antes da chegada aos pulmões, por meio da umidificação, filtração e do aquecimento.
Antes da intervenção, o tratamento era realizado apenas com a administração oral do Clenil, que foi substituída pela inalação nasal. Depois de 16 sessões de terapia fonoaudiólogica, divididas em duas sessões semanais, alguns pacientes puderam até mesmo interromper o uso do medicamento.
 
A PESQUISA
A fonoaudióloga Sílvia Andrade selecionou 24 pacientes com idade entre 6 e 15 anos que apresentavam a coexistência de três patologias: asma, rinite alérgica e respiração oral, entre 169 crianças e adolescentes asmáticos do Ambulatório de Pneumologia Pediátrica do Posto de Atendimento Médico (PAM) do bairro Padre Eustáquio, em Belo Horizonte. Quem tinha algum tipo de “obstrução mecânica”, como hipertrofia das adenóides ou amígdalas, foi excluído.
A pesquisadora conta que o tratamento teve alta adesão, devido ao esforço conjunto dos pediatras pneumologistas e dos profissionais da Fono.
Para a co-orientadora do estudo, a professora Maria Jussara Fontes, o fortalecimento da interdisciplinaridade entre a Medicina e a Fonoaudiologia é fundamental, especialmente quando empregada no controle de uma doença de alta incidência, como a asma.
Maria Jussara também ressaltou a eficiência do tratamento. “É uma terapêutica não medicamentosa com impacto positivo de grande significância com apenas dois meses de duração”, destaca.

Os resultados foram comprovados por exames realizados no Ambulatório de Pneumologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, reconhecido pela Sociedade Brasileira de Pediatria como Centro de Referência em Pneumologia Pediátrica no Brasil.
O orientador da pesquisa, professor Lincoln Freire, afirma que pretende dar continuidade ao trabalho, ampliando o número de pacientes observados durante o tratamento fonoaudiológico aliado ao convencional.
Mas ele esclarece que o estudo atual tem “significância estatística”, apesar de o grupo de crianças asmáticas observadas ser pequeno. “Os resultados sinalizam que essa pode ser uma estratégia importante para ser adotada como conduta definitiva”, prevê. 

Fonte: http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=520

16 de jan. de 2012

Desenvolvimento tardio da fala e da linguagem

Seu filho já tem dois anos e ainda não fala? Diz umas poucas palavras, mas você acredita que ele esteja atrasado em relação às outras crianças da mesma idade? O que fazer? Procurar orientação especializada ou simplesmente aguardar?
Saber o que é normal e o que não é normal no desenvolvimento da fala e da linguagem pode ajudá-lo a entender se há motivo para preocupação ou se seu filho apresenta um desenvolvimento adequado.
Neste sentido, é importante conversar sobre o desenvolvimento da fala e da linguagem com um profissional especializado.
Alguns indicadores do desenvolvimento da Fala e da Linguagem:
Até 1 ano:
Nos primeiros 6 meses o bebê emite vocalizações e sons guturais.
Dos 6 aos 8 meses o bebê apresenta balbucio repetitivo e a imitação da entonação.
Em torno dos 12 meses iniciam-se as primeiras verbalizações com significado.
Com 1 ano: 
A criança conhece seu nome; Diz 2 a 3 palavras além de “mama” e “papa”; Imita palavras familiares; Compreende ordens simples; Reconhece as palavras como símbolos para objetos.
Entre 1 e 2 anos:
Aos 18 meses a criança pode apresentar um vocabulário com 50 palavras. Entre 18 e 24 meses seu vocabulário se amplia e se aproxima de 200 palavras.
Compreende a palavra “não”; Combina duas palavras; Reproduz o som de animais conhecidos; Aponta figuras de um livro quando nomeadas; Segue comandos simples.
Entre 2 e 3 anos:
Usa sentenças curtas, de 3 a 4 vocábulos; nomeia figuras e objetos comuns; Identifica partes do corpo; Apresenta um vocabulário de 450 palavras; Combina nomes e verbos; Conversa com outras crianças assim como com adultos; Aprecia ouvir a mesma história várias vezes.
Entre 3 e 4 anos:
Nessa fase a criança possui um vocabulário de aproximadamente 1.000 palavras; já compreende ordens mais longas, conversas, histórias e músicas; sua fala é mais fácil de ser compreendida por pessoas de fora de sua convivência; se comunica por sentenças simples de 4 a 5 palavras; relata experiências pessoais, ainda sem muitos detalhes.
Entre 4 e 5 anos:
Seu vocabulário aumenta para 1.500 palavras; compreende questões mais complexas; consegue usar o tempo verbal no passado; é capaz de definir algumas palavras; sabe listar ítens que pertençam a mesma categoria, tais como animais, carros etc; explica como realizar algumas atividades, tais como pintar.
Entre 5 e 6 anos:
A criança nessa idade apresenta as habilidades de linguagem bem desenvolvidas; aprende palavras mais especializadas de seu centro de interesse; expande sua habilidade em compreender fenômenos explicados verbalmente; pronuncia todos os sons da língua com clareza; elabora sentenças mais complexas e gramaticalmente corretas; apresenta um bom vocabulário que está em contínuo crescimento; é capaz de iniciar conversação e sabe esperar sua vez de falar quando em grupo.
Distinção entre Fala e Linguagem
  • A fala é a expressão verbal da linguagem e envolve a articulação dos sons para a produção de palavras.
  • A linguagem é muito mais ampla e se refere a todo o sistema de expressão e recepção da informação. Consiste em compreender e ser compreendido por meio da comunicação verbal, não verbal e escrita.
Apesar dos problemas de fala e de linguagem serem diferentes, com frequência eles se superpõem.
Uma criança com dificuldades de linguagem pode pronunciar as palavras corretamente, mas não ser capaz de unir mais de duas palavras. Por outro lado, talvez seja difícil compreender a fala de uma outra criança, apesar dela utilizar palavras e frases para expressar suas ideias. É possível ainda encontrar uma terceira criança que fale corretamente, mas tenha dificuldades para seguir instruções.
Desvios na Fala e na Linguagem – alguns sinais
O bebê que não responde aos sons e que não vocaliza é motivo de inquietação.
Entre os 12 e os 24 meses de idade, requer atenção a criança que tem os seguintes comportamentos:
  • não utiliza gestos, como apontar ou saudar com as mãos aos 12 meses;
  • prefere se comunicar através de gestos em vez de vocalizar aos 18 meses;
  • apresenta problemas para imitar sons aos 18 meses.
Solicite uma avaliação ao fonoaudiólogo se seu filho tem 2 anos apresenta as seguintes características:
  • só pode imitar a fala ou as ações e não pronuncia palavras ou frases de forma espontânea;
  • só emite alguns sons ou diz algumas palavras de forma repetitiva e não pode utilizar a linguagem oral para se comunicar além de suas necessidades imediatas;
  • não consegue seguir instruções;
  • tem um tom de voz fora do comum (muito agudizada, nasalizada ou agravada);
  • dificuldade em compreender o que a criança diz maior que a esperada para a sua idade.
Causas dos atrasos na Fala e na Linguagem
Os atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem podem ser atribuídos a muitas causas:

Orgânicas e/ou corticais: alterações nos órgãos fonadores, da audição e no processamento da linguagem no córtex cerebral;Cognitivas: dificuldades intelectuais que podem dificultar a comunicação oral;Psicológicas: problemas emocionais não favorecem o desenvolvimento da linguagem;Sócio-culturais: ambiente pouco estimulante e sem bons exemplos de fala.

Avaliação Fonoaudiológica
Ao realizar uma avaliação, o fonoaudiólogo observará as habilidades de fala e de linguagem de seu filho dentro de um contexto do desenvolvimento global. O fonoaudiólogo utilizará provas e escalas, assim como os seus conhecimentos sobre as alterações no desenvolvimento da fala e da linguagem apresentados pela criança, tais como:
  • o que seu filho compreende (denominado “linguagem receptiva”);
  • o que seu filho consegue expressar (denominado “linguagem expressiva”);
  • se seu filho tenta se comunicar de outras maneiras, como apontar, mover a cabeça, realizar gestos, etc;
  • a motricidade orofacial de seu filho (de que maneira os órgãos orofaciais funcionam para falar, respirar, mastigar e engolir).
Se o fonoaudiólogo determinar que seu filho necessita de terapia, sua participação será muito importante. Você pode ser convidado a observar as sessões de terapia e a aprender de que maneira pode trabalhar com seu filho em casa para melhorar suas habilidades de fala e linguagem.
É possível ainda que o resultado da avaliação fonoaudiológica da fala e da linguagem simplesmente indique que suas expectativas são demasiado elevadas. Uma orientação sobre as etapas do desenvolvimento da fala e da linguagem podem ajudá-lo a ver seu filho de forma mais realista.
O que os pais podem fazer
O desenvolvimento da fala se deve tanto às características naturais como à estimulação recebida. A conformação genética de uma criança determinará, em parte, sua inteligência e seu desenvolvimento da fala e da linguagem. No entanto, uma grande parte depende do ambiente onde vive a criança. Ela recebe a estimulação adequada em sua casa ou na creche? Existem oportunidades de participação ou de intercambio de comunicação?
Quando você compreende melhor as dificuldades de seu filho, pode aprender muitas maneiras de estimulá-lo.
Algumas sugestões para por em prática:
  • Leia para ele.
  • Passe muito tempo se comunicando com seu filho.
  • Aproveite as situações do dia a dia.
Lembre-se: Quando existem problemas de fala, de linguagem, de audição ou de desenvolvimento, a melhor maneira de ajudar seu filho é reconhecer e tratar estas dificuldades precocemente. Com a terapia adequada, no momento indicado, seu filho poderá se comunicar melhor com você e com as outras pessoas com as quais convive.

12 de jan. de 2012

Neuroplasticidade

A ocorrência de uma lesão no cérebro, independente de sua causa, pode provocar perda da função da área afetada.Isso porque o cérebro é todo dividido em áreas, sendo que cada área é responsável por uma função no nosso organismo. Por exemplo: há uma área responsável pela linguagem, tanto em relação à compreensão como na expressão, outra área responsável pelo ato de engolir e até mesmo uma área responsável pela movimentação dos dedos !Quando ocorre uma lesão decorrente de derrame (AVC), por exemplo, a pessoa vai apresentar dificuldade em realizar as funções que aquela área realizava antes.

O processo de reabilitação vai contribuir com o fenômeno denominado “Neuroplasticidade”, que consiste em uma reorganização dos mapas corticais. 
Após ocorrer uma lesão, são observadas mudanças que podem ocorrer em regiões homólogas do hemisfério não afetado, que assumem as funções perdidas, ou no córtex intacto adjacente a lesão. Graças a essas reorganizações corticais, que podem se prolongar por meses após a lesão, os pacientes podem recuperar, pelo menos em parte, as habilidades que haviam sido perdidas.

Em suma: Após a ocorrência da lesão cerebral, o paciente fica com dificuldades para realizar as funções que a área lesada realizava. O processo de reabilitação fonoaudiológico é baseado na Neuroplasticidade, em que as demais áreas não afetadas passam a realizar as funções da área comprometida. 
Vale ressaltar que há estudos científicos que sugerem maior ativação do fenômeno da Neuroplasticidade durante os 3 primeiros meses pós-lesão cerebral, o que destaca a importância de início precoce do tratamento.

Concluindo, a atuação correta e eficaz da equipe de reabilitação na estimulação da plasticidade é de fundamental importância para a recuperação máxima das funções do indivíduo. Isso implica na escolha certa do tratamento e na intensidade do mesmo, o que apenas um profissional habilitado poderá realizar.

Fonte: http://www.fononeuro.net/index.php?modulo=aprenda_mat&id_mat=5

2 de jan. de 2012

Terapia Fonoaudiológica para diminuir o ronco

Uma nova opção para o tratamento do ronco e da apneia tem sido a terapia fonoaudiológica. No InCor, a fonoaudióloga Katia Guimarães aplicou a terapia fonoaudiológica e foram observadas diminuição das pausas respiratórias, redução do ronco e melhora na qualidade do sono.
A terapia fonoaudiológica busca, por meio de exercícios e da adequada realização das funções de mastigar, engolir, respirar, sugar e falar, o fortalecimento e remodelamento da via aérea superior.
O médico especializado deverá realizar o diagnóstico da doença e indicar o tratamento.
A terapia fonoaudiológica é indicada para roncos, apneias leves e moderadas. É importante que sejam descartadas obstruções nasais graves.
Para evitar qualquer tipo movimentação inadequada dos músculos orofaciais que possa causar desconforto, o paciente deve ter muita cautela ao realizar os exercícios sem acompanhamento de um profissional adequado, neste caso um fonoaudiólogo especializado na área de motricidade orofacial.

Dentre os principais exercícios, podemos citar:
 
- Abaixamento da parte de trás da língua.
- Elevação do céu da boca e da campainha (palato mole e úvula)
- Varrer o céu da boca com a língua de frente para trás.
- Apertar o dedo contra a bochecha.




Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/07/aprenda-exercicios-com-boca-para-tratar-ronco-e-apneia.html

19 de dez. de 2011

Cuidados com a voz

Os profissionais da voz são todos os indivíduos que tem como seu instrumento de trabalho a VOZ, ou seja, dependem da voz para exercer a sua profissão.
Os chamados profissionais da voz são: Cantores, Atores, Professores, Pastores e Padres, Advogados, Juízes, Promotores, Repórteres, Radialistas, Operadores de telemarketing, Leiloeiros, Políticos, Dubladores, Vendedores, etc.
A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressão digital ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos. Ela também mostra quem nós somos, além de conseguimos nos comunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por exemplo em uma conversa ao telefone, e seremos compreendidos perfeitamente.
A voz é produzida a partir do ar que saí dos pulmões, passa pela laringe, onde estão localizadas as pregas vocais, as mesmas no momento da expiração, aproxima-se e vibram, produzindo assim o som. Este som, que de início é baixo e fraco, será amplificado pelas cavidades de ressonância (que são a faringe, boca e nariz). Após amplificado, o som será articulado na cavidade oral , por meio dos lábios, bochechas, língua, palato e mandíbula.
Todos precisam ter cuidados com a voz, mas para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal. Vejamos alguns destes cuidados :
  • DEVE-SE BEBER, EM MÉDIA DOIS (2) LITROS DE ÁGUA POR DIA, de preferência em temperatura ambiente.
  • DURANTE A ATIVIDADE VOCAL, DEVE-SE BEBER ALGUNS GOLES DE ÁGUA, para umidificar a garganta. A água deve estar em temperatura ambiente, para que não ocorra o choque térmico.
  • EVITAR QUALQUER TIPO DE COMPETIÇÃO SONORA.
  • EVITAR BEBIDAS ALCOOLICAS, pois o álcool tem um efeito anestésico, assim provoca a diminuição da sensibilidade, é onde na maioria das vezes ocorre um abuso vocal, lesando as pregas vocais.
  • EVITAR GRITAR E TOSSIR, pois provoca um intenso atrito nas pregas vocais, podendo lesioná-las
  • NÃO FUMAR, a fumaça irrita a mucosa da laringe, acumulando secreções nas pregas vocais, e o ressecamento da mesma mucosa.
  • EVITAR O AR CONDICIONADO, pois provoca o ressecamento das mucosas, alterando a vibração das pregas vocais. Se não for possível evitar o ar condicionado, procure sempre beber água, durante todo o tempo que estiver exposto a ele.
  • EVITAR O CONSUMO DE LEITE, CHOCOLATE E SEUS DERIVADOS ANTES A INTENSA ATIVIDADE VOCAL, pois esses alimentos aumentam a secreção de muco no trato vocal.
  • PROCURE CONSUMIR ALIMENTOS FIBROSOS, como maçã, que é um adstringente, ou seja, agem limpando a boca e faringe
  • PROCURE INGERIR SUCOS E FRUTAS CÍTRICAS
  • PROCURE ESTAR VESTIDO (A) O MAIS CONFORTÁVEL POSSÍVEL, para que o seu vestuário não atrapalhe o fluxo respiratório, nem mau postura.
  • DURANTE A FONAÇÃO, MANTENHA A CABEÇA RETA, UMA POSTURA ERETA COM OS DOIS PÉS APOIADOS NO CHÃO, pois assim permite a passagem do ar sem dificuldades e o diafragma trabalha melhor.
  • ARTICULAR BEM AS PALAVRAS, usando também expressões faciais para evitar o abuso vocal.
  • Se a disfonia (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo
Alguns exercícios de relaxamento e aquecimento podem ser feito antes da atividade vocal como: Rotação da língua no vestíbulo da boca, Lateralidade da língua (empurrar a língua contra a bochecha), Vibrar a língua, Vibrar os lábios, Bocejar, Protusão dos lábios (fazer bico como se fosse dar um beijo), Retração dos lábios, Rodar o pescoço em todas as direções , entre tantos outros exercícios.
O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia, que é conhecida popularmente como rouquidão .
Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta.
A disfonia é divida em: Disfonias Funcionais, Disfonias Orgânico - Funcionais e Disfonias Orgânicas.

  • Disfonias Funcionais:
São aquelas que não apresentam nenhuma alteração visível nas pregas vocais, elas são decorrentes do mal uso ou do abuso da voz. Geralmente ocorrem em profissionais da voz que não tem nenhum tipo de orientação. Existem 3 fatores que podem vir a desencadear uma disfonia funcional:
  • Uso incorreto da voz :
Ocorre em pessoas, sejam profissionais da voz ou não, que utilizem a voz abundantemente durante todo dia, sem ter nenhuma noção de como usa – lá corretamente.
  • Inadaptações Vocais :
Não existe, no corpo humano, um aparelho que tenha por função específica a fonação, mas o que temos é uma adaptação de várias estruturas, formando assim o aparelho fonador. Quando não existe uma boa adaptação destas estruturas, ocorre o que chamamos de Inadaptações Vocais.
  • Alterações Psicoemocionais:
Nossas emoções influenciam e são responsáveis por mudanças na nossa voz. A voz, como já foi dito anteriormente, faz com que nos comuniquemos com outras pessoas; se temos alguma emoção muito forte (raiva, ansiedade, alegria), poderá repercutir em nossa voz, provocando uma disfonia funcional.
  • Disfonias Orgânico – Funcionais:
São, em geral, iniciadas com uma disfonia funcional que tem seu diagnóstico tardio, como a disfonia funcional não foi tratada, então ela evolui para uma lesão secundária nas pregas vocais.
  • Disfonias Orgânicos :
São aquelas que apresentam uma alteração anatômica nas pregas vocais.
Existem vários tipos de alterações anatômicas, veremos algumas:
  • Nódulos :
São tumores benignos nas pregas vocais, podem ter sua origem no mau uso da voz. O tratamento é feito através de fonoterapia e só em alguns casos tem que haver uma intervenção cirúrgica.
  • Pólipos:
São tumores benignos nas pregas vocais. O seu tratamento é cirúrgico, e seguido de fonoterapia.
  • Paralisia das pregas vocais:
Ocorre devido a uma lesão nervosa, podendo atingir uma prega vocal ou ambas. Isso pode acontecer por alterações cerebrais, ou alterações cardíacas, ou tumores. O tratamento é feito através de fonoterapia, e em alguns casos é necessário realizar cirurgia com o objetivo de melhorar o posicionamento das pregas vocais.
  • Câncer:
É um tumor maligno que localiza-se nas pregas vocais. Ocorre com maior freqüência em fumantes. O tratamento pode ser cirúrgico ou radioterápico.

Para maiores esclarecimentos sobre disfonia, ou caso a rouquidão permanecer mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo.

Fonte: http://www.fonoaudiologia.com/trabalhos/estudantes/estudante-005.htm

16 de dez. de 2011

15 de dez. de 2011

Sejam bem-vindos!




Primeira postagem do blog. Sobre o que falar? Bom, acho que vou começar me apresentando! Meu nome é Adriana, tenho 24 anos e moro no RS. Trabalho no Hospital da cidade em que moro e estou cursando Fonoaudiologia na ULBRA. Resolvi criar este espaço para falar sobre Fonoaudiologia, que é uma profissão extremamente importante e muito rica, mas não tão conhecida como merece! Bom, eu escolhi esta profissão porque simplesmente me encantei por ela quando a conheci e não me vi em mais nenhuma outra profissão. Eu sempre soube que existiam esses profissionais porque meu irmão mais velho precisou de um quando era criança, obtendo os resultados que ele precisava e isso me fez admirar a profissão. Durante meu ensino médio fui a uma feira de profissões e conheci vários cursos, mas a Fonoaudiologia me ganhou! Eu me apaixonei! A partir daí passei a pesquisar sobre o assunto e tive certeza de que era isso mesmo o que eu queria para mim! Apenas este ano tive a oportunidade de começar a faculdade e estou amando! E então já que eu amo tanto, quero compartilhar com todos o que a Fonoaudiologia é e o que faz. A Fonoaudiologia tem 30 anos de regulamentação, porém muito antes disso sabemos de vários profissionais que já trabalhavam na área e que lutaram para conquistar a regulamentação. Devemos muito a essas pessoas! A Fonoaudiologia é uma área da saúde que atua com a comunicação humana nas áreas de voz, audiologia, disfagia, linguagem oral e escrita, motricidade orofacial, saúde coletiva e escolar/educacional. O Fonoaudiólogo tem autonomia para atuar sozinho ou em conjunto com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas (comuns e especiais) e comunidades, unidades básicas de saúde, hospitais, emissoras de rádio e televisão, teatro, atendimento domiciliar, empresas de próteses auditivas, indústrias, centros de reabilitação, ou onde se fizer necessária a atuação de um Fonoaudiólogo. Então é isso, ao decorrer do tempo vou apresentando melhor a Fonoaudiologia e tenho certeza de que mais gente vai se encantar!

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