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16 de jan. de 2012

Desenvolvimento tardio da fala e da linguagem

Seu filho já tem dois anos e ainda não fala? Diz umas poucas palavras, mas você acredita que ele esteja atrasado em relação às outras crianças da mesma idade? O que fazer? Procurar orientação especializada ou simplesmente aguardar?
Saber o que é normal e o que não é normal no desenvolvimento da fala e da linguagem pode ajudá-lo a entender se há motivo para preocupação ou se seu filho apresenta um desenvolvimento adequado.
Neste sentido, é importante conversar sobre o desenvolvimento da fala e da linguagem com um profissional especializado.
Alguns indicadores do desenvolvimento da Fala e da Linguagem:
Até 1 ano:
Nos primeiros 6 meses o bebê emite vocalizações e sons guturais.
Dos 6 aos 8 meses o bebê apresenta balbucio repetitivo e a imitação da entonação.
Em torno dos 12 meses iniciam-se as primeiras verbalizações com significado.
Com 1 ano: 
A criança conhece seu nome; Diz 2 a 3 palavras além de “mama” e “papa”; Imita palavras familiares; Compreende ordens simples; Reconhece as palavras como símbolos para objetos.
Entre 1 e 2 anos:
Aos 18 meses a criança pode apresentar um vocabulário com 50 palavras. Entre 18 e 24 meses seu vocabulário se amplia e se aproxima de 200 palavras.
Compreende a palavra “não”; Combina duas palavras; Reproduz o som de animais conhecidos; Aponta figuras de um livro quando nomeadas; Segue comandos simples.
Entre 2 e 3 anos:
Usa sentenças curtas, de 3 a 4 vocábulos; nomeia figuras e objetos comuns; Identifica partes do corpo; Apresenta um vocabulário de 450 palavras; Combina nomes e verbos; Conversa com outras crianças assim como com adultos; Aprecia ouvir a mesma história várias vezes.
Entre 3 e 4 anos:
Nessa fase a criança possui um vocabulário de aproximadamente 1.000 palavras; já compreende ordens mais longas, conversas, histórias e músicas; sua fala é mais fácil de ser compreendida por pessoas de fora de sua convivência; se comunica por sentenças simples de 4 a 5 palavras; relata experiências pessoais, ainda sem muitos detalhes.
Entre 4 e 5 anos:
Seu vocabulário aumenta para 1.500 palavras; compreende questões mais complexas; consegue usar o tempo verbal no passado; é capaz de definir algumas palavras; sabe listar ítens que pertençam a mesma categoria, tais como animais, carros etc; explica como realizar algumas atividades, tais como pintar.
Entre 5 e 6 anos:
A criança nessa idade apresenta as habilidades de linguagem bem desenvolvidas; aprende palavras mais especializadas de seu centro de interesse; expande sua habilidade em compreender fenômenos explicados verbalmente; pronuncia todos os sons da língua com clareza; elabora sentenças mais complexas e gramaticalmente corretas; apresenta um bom vocabulário que está em contínuo crescimento; é capaz de iniciar conversação e sabe esperar sua vez de falar quando em grupo.
Distinção entre Fala e Linguagem
  • A fala é a expressão verbal da linguagem e envolve a articulação dos sons para a produção de palavras.
  • A linguagem é muito mais ampla e se refere a todo o sistema de expressão e recepção da informação. Consiste em compreender e ser compreendido por meio da comunicação verbal, não verbal e escrita.
Apesar dos problemas de fala e de linguagem serem diferentes, com frequência eles se superpõem.
Uma criança com dificuldades de linguagem pode pronunciar as palavras corretamente, mas não ser capaz de unir mais de duas palavras. Por outro lado, talvez seja difícil compreender a fala de uma outra criança, apesar dela utilizar palavras e frases para expressar suas ideias. É possível ainda encontrar uma terceira criança que fale corretamente, mas tenha dificuldades para seguir instruções.
Desvios na Fala e na Linguagem – alguns sinais
O bebê que não responde aos sons e que não vocaliza é motivo de inquietação.
Entre os 12 e os 24 meses de idade, requer atenção a criança que tem os seguintes comportamentos:
  • não utiliza gestos, como apontar ou saudar com as mãos aos 12 meses;
  • prefere se comunicar através de gestos em vez de vocalizar aos 18 meses;
  • apresenta problemas para imitar sons aos 18 meses.
Solicite uma avaliação ao fonoaudiólogo se seu filho tem 2 anos apresenta as seguintes características:
  • só pode imitar a fala ou as ações e não pronuncia palavras ou frases de forma espontânea;
  • só emite alguns sons ou diz algumas palavras de forma repetitiva e não pode utilizar a linguagem oral para se comunicar além de suas necessidades imediatas;
  • não consegue seguir instruções;
  • tem um tom de voz fora do comum (muito agudizada, nasalizada ou agravada);
  • dificuldade em compreender o que a criança diz maior que a esperada para a sua idade.
Causas dos atrasos na Fala e na Linguagem
Os atrasos no desenvolvimento da fala e da linguagem podem ser atribuídos a muitas causas:

Orgânicas e/ou corticais: alterações nos órgãos fonadores, da audição e no processamento da linguagem no córtex cerebral;Cognitivas: dificuldades intelectuais que podem dificultar a comunicação oral;Psicológicas: problemas emocionais não favorecem o desenvolvimento da linguagem;Sócio-culturais: ambiente pouco estimulante e sem bons exemplos de fala.

Avaliação Fonoaudiológica
Ao realizar uma avaliação, o fonoaudiólogo observará as habilidades de fala e de linguagem de seu filho dentro de um contexto do desenvolvimento global. O fonoaudiólogo utilizará provas e escalas, assim como os seus conhecimentos sobre as alterações no desenvolvimento da fala e da linguagem apresentados pela criança, tais como:
  • o que seu filho compreende (denominado “linguagem receptiva”);
  • o que seu filho consegue expressar (denominado “linguagem expressiva”);
  • se seu filho tenta se comunicar de outras maneiras, como apontar, mover a cabeça, realizar gestos, etc;
  • a motricidade orofacial de seu filho (de que maneira os órgãos orofaciais funcionam para falar, respirar, mastigar e engolir).
Se o fonoaudiólogo determinar que seu filho necessita de terapia, sua participação será muito importante. Você pode ser convidado a observar as sessões de terapia e a aprender de que maneira pode trabalhar com seu filho em casa para melhorar suas habilidades de fala e linguagem.
É possível ainda que o resultado da avaliação fonoaudiológica da fala e da linguagem simplesmente indique que suas expectativas são demasiado elevadas. Uma orientação sobre as etapas do desenvolvimento da fala e da linguagem podem ajudá-lo a ver seu filho de forma mais realista.
O que os pais podem fazer
O desenvolvimento da fala se deve tanto às características naturais como à estimulação recebida. A conformação genética de uma criança determinará, em parte, sua inteligência e seu desenvolvimento da fala e da linguagem. No entanto, uma grande parte depende do ambiente onde vive a criança. Ela recebe a estimulação adequada em sua casa ou na creche? Existem oportunidades de participação ou de intercambio de comunicação?
Quando você compreende melhor as dificuldades de seu filho, pode aprender muitas maneiras de estimulá-lo.
Algumas sugestões para por em prática:
  • Leia para ele.
  • Passe muito tempo se comunicando com seu filho.
  • Aproveite as situações do dia a dia.
Lembre-se: Quando existem problemas de fala, de linguagem, de audição ou de desenvolvimento, a melhor maneira de ajudar seu filho é reconhecer e tratar estas dificuldades precocemente. Com a terapia adequada, no momento indicado, seu filho poderá se comunicar melhor com você e com as outras pessoas com as quais convive.

12 de jan. de 2012

Neuroplasticidade

A ocorrência de uma lesão no cérebro, independente de sua causa, pode provocar perda da função da área afetada.Isso porque o cérebro é todo dividido em áreas, sendo que cada área é responsável por uma função no nosso organismo. Por exemplo: há uma área responsável pela linguagem, tanto em relação à compreensão como na expressão, outra área responsável pelo ato de engolir e até mesmo uma área responsável pela movimentação dos dedos !Quando ocorre uma lesão decorrente de derrame (AVC), por exemplo, a pessoa vai apresentar dificuldade em realizar as funções que aquela área realizava antes.

O processo de reabilitação vai contribuir com o fenômeno denominado “Neuroplasticidade”, que consiste em uma reorganização dos mapas corticais. 
Após ocorrer uma lesão, são observadas mudanças que podem ocorrer em regiões homólogas do hemisfério não afetado, que assumem as funções perdidas, ou no córtex intacto adjacente a lesão. Graças a essas reorganizações corticais, que podem se prolongar por meses após a lesão, os pacientes podem recuperar, pelo menos em parte, as habilidades que haviam sido perdidas.

Em suma: Após a ocorrência da lesão cerebral, o paciente fica com dificuldades para realizar as funções que a área lesada realizava. O processo de reabilitação fonoaudiológico é baseado na Neuroplasticidade, em que as demais áreas não afetadas passam a realizar as funções da área comprometida. 
Vale ressaltar que há estudos científicos que sugerem maior ativação do fenômeno da Neuroplasticidade durante os 3 primeiros meses pós-lesão cerebral, o que destaca a importância de início precoce do tratamento.

Concluindo, a atuação correta e eficaz da equipe de reabilitação na estimulação da plasticidade é de fundamental importância para a recuperação máxima das funções do indivíduo. Isso implica na escolha certa do tratamento e na intensidade do mesmo, o que apenas um profissional habilitado poderá realizar.

Fonte: http://www.fononeuro.net/index.php?modulo=aprenda_mat&id_mat=5

2 de jan. de 2012

Terapia Fonoaudiológica para diminuir o ronco

Uma nova opção para o tratamento do ronco e da apneia tem sido a terapia fonoaudiológica. No InCor, a fonoaudióloga Katia Guimarães aplicou a terapia fonoaudiológica e foram observadas diminuição das pausas respiratórias, redução do ronco e melhora na qualidade do sono.
A terapia fonoaudiológica busca, por meio de exercícios e da adequada realização das funções de mastigar, engolir, respirar, sugar e falar, o fortalecimento e remodelamento da via aérea superior.
O médico especializado deverá realizar o diagnóstico da doença e indicar o tratamento.
A terapia fonoaudiológica é indicada para roncos, apneias leves e moderadas. É importante que sejam descartadas obstruções nasais graves.
Para evitar qualquer tipo movimentação inadequada dos músculos orofaciais que possa causar desconforto, o paciente deve ter muita cautela ao realizar os exercícios sem acompanhamento de um profissional adequado, neste caso um fonoaudiólogo especializado na área de motricidade orofacial.

Dentre os principais exercícios, podemos citar:
 
- Abaixamento da parte de trás da língua.
- Elevação do céu da boca e da campainha (palato mole e úvula)
- Varrer o céu da boca com a língua de frente para trás.
- Apertar o dedo contra a bochecha.




Fonte: http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2010/07/aprenda-exercicios-com-boca-para-tratar-ronco-e-apneia.html

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